terça-feira, 12 de maio de 2015

Ilusão


Em meio aos campos solitários das tardes de inverno
Sentada a beira do mar ao pôr do sol do verão
Olhando o voo dos pássaros em busca de algo no cais
No outono das árvores cujas folhas que caem me encantam demais
Aconchegada no conforto poético de um abraço amoroso
Me perco em meus devaneios então
São tantas as dádivas que me preenchem os dias
São tantas as bençãos inesperadas que me concedem as suas energias
de tantas maneiras adoráveis, calorosas e amenas
Com suas cores, sons e formas tão serenas
Que meu mais profundo sentimento é sempre o mesmo
Um nobre, franco, forte e apaixonado sopro de gratidão
Uma vastidão de pulsos energéticos iluminados
Magnificados com a pura essência de quem sou
E apesar dos dias, das pessoas, dos fatos e da infinidade de motivos que podemos procurar
Ainda assim o caminho vai mostrar, pode ter certeza
Que nossos mais profundos lamentos são apenas lampejos de nossa pequenez
Insensatez que nos tira o brilho, que nos adoece o espirito, que nos cega o coração
Um bordão à margem da serenidade, da sabedoria
Um espaço isolado no meio da proteção
Ilusão.

quinta-feira, 7 de maio de 2015

Saudades mãe...

O tempo passa veloz na esfera global, as cidades se iluminam e se apagam, os ventos furiosos se acalmam, as vozes das crianças adormecidas se espalham sobre os dias ensolarados e o sono das animais domésticos parece não ter fim.
A vida naturalmente caminha em meio aos arbustos plantados na nossa mente mais vil.
Um fio condutor de alma amortece nossas quedas e intensifica nossos desejos de melhorar.
Assim como o ar que respiramos, o ventre que nos aninhamos para dar o salto à liberdade e ao aprendizado é essencial, e nele corre o mais profundo amor.
Em cada pulso do coração, em cada pedaço esquecido da circulação sanguínea que flui através e além de nós em direção ao materno, a vida, a luz e a serenidade.
Saudade...única palavra que dói em minh'alma.
Pelo amor maior que um dia tive.
Pelo cuidado e ensinamentos valorosos de um tempo de paz.
Pela força das ancestrais mais longínquas, das mulheres que carrego em meu DNA.
Um profundo silêncio de reverência e respeito.
Desse jeito que sei só meu, afasto meus móveis internos, apago a luz da alma, me aconchego ao assoalho dos planos invisíveis e peço aos Deuses que minha gema do mais puro brilhante possa partir em direção a ela.
Quem é ela? Minha mãe, meu chão, minha ferramenta do perdão, minha chama eterna de amor, meu mais completo torpor de proteção. Minha benção.
Carrego comigo uma rosa para entregar-lhe em homenagem ao seu dia na Terra. Uma simples quimera.
Para lembrar-te que sigo em paz na tua presença, recheada das dádivas que me concedeu.
Gratidão minha mãe. Te amo além do que posso entender. Até qualquer dia querida.
Minhas vitórias serão dedicadas a tua mais sublime missão encarnada: dar a luz!
Por ti sempre dedicarei meus cuidados aos filhos da Terra!
Guerreira que sou, herdeira da tua força e aluna da tua paz.