Quando penso na bondade
Desta Terra de ninguém
Abro os braços de saudade
Da viola de um alguém
Fico preso na gaiola
Da tristeza que me bate
Minha asa não decola
Minha alma me combate
Chego a sentir-me ninho
Tendo a fazer carinho
Abro as águas do meu pranto
Me isolo no meu canto
Como é bom termos amigos
Pra juntar as nossas mágoas
Dar um porre na saudade
E soltar as nossas águas
Nesse rio de braços largos
Onde corro para o mar
Já vi muito pescador
Que se esquece de pescar
Com saudade nem canção
Tranquila as enxurradas
É distante o coração
Não tem cor pelas estradas
Vou seguir o meu caminho
Tenho tudo o que sobrou
Já não me sinto sozinho
A coragem me chegou

Nenhum comentário:
Postar um comentário