terça-feira, 18 de agosto de 2015

Luz


Ao tempo, ao vento, ao sopro de Deus
As luzes se apagam, as cores desbotam
As formas deformam, os véus caem
Tudo fica realmente como sempre foi

Ao tempo detectamos o fim da ilusão
E toda a confusão se dissipa como bolhas de sabão
Como névoa que se esvai com o poder da mente
Como chocolate em água quente

Borbulha a mente desatenta
Na ânsia de ser feliz, de ter conforto e proteção
Entulha-se a alma de superficialidades
Não deixando vazios, silêncios, nem lembranças

Ao findar do tempo esvaziamos as prateleiras
Limpamos por dentro, higienizamos o caos
Renovamos o oxigênio de cantos remotos
Arejamos pensamentos, respiramos em paz

Lamento profundamente
Que não saibamos como fazer
Para ter sempre um respiro, um vazio simplesmente
Algo a ser preenchido de Luz

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