terça-feira, 24 de novembro de 2015

Mais uma primavera chegando



Os anos parecem voar pairando sobre os ventos e as correntezas insanas do meu coração viajam através do tempo!
E porque não lembrar os momentos gloriosos que vivi ao lado de seres iluminados que me trouxeram à luz desta existência terrena? Um sonho que, enfim, após uma longa espera e aprendizado foi concretizado pela alma caridosa dos meus pais. Um lembrete comovido de grandes momentos, recheados de amor, abençoados com o aprendizado de habilidades que jamais vou apagar do meu repertório de alma: 
Amar, Perdoar, Perseverar e Doar aquilo que temos em Abundância com Gratidão e Respeito.
A vida que levo hoje é um quebra-cabeças que comecei a montar milênios atrás. Ainda faltam-me algumas peças, mas já sou capaz de vislumbrar com alegria a paisagem final. Existem peças chave que estão tão marcadas, manuseadas e acopladas à paisagem que até suas manchas já fazem parte do todo que sou. Outras foram colocadas tão fragilmente, de forma displicente e ficaram compondo o todo de forma tão surreal que parecem nem fazer parte, porém, ao tirá-las do seu lugar no tabuleiro da minha vida, o vazio assombra e o silêncio grita para que elas voltem a se encaixar. Eu sou cada uma destas partes, eu sou também a busca pelo todo, ainda estou em transformação e minha alma pulsa pela vida. Só tenho a agradecer!
Gostaria de deixar aqui uma pequena porção do que sou, para que encaixes no seu quebra-cabeças: Ame os seus pais! Não pelo que eles são, ou pelo que eles tem. Ame-os porque te colocaram no jogo e isto não tem preço! 
Abençoados Pais que tenho nesta jornada atual, Orlando e Elvia, amados do meu caminho, queridos da minha alma, vocês souberam colocar delicadamente e perfeitamente as minhas peças na mesa e encaixar sabiamente os primeiros arranjos de minha encarnação! 
Gratidão eterna! Saudades sempre! Dedico minha vida e todas as minhas conquistas à vocês!
Meu presente é vê-los trilhar a estrada da evolução com o coração em paz e a alma feliz!
Abençoados sejam!

Saudades de doer!

Saudades que vão
Saudades que sinto
Não sei onde estão
Coração anda faminto

Os dias passam pelas frestas das portas
E observo curiosa as mensagens ocultas
Talvez estejam nas maçanetas tortas
Talvez não existam pois já sou adulta

Não importa porque sinto sangrar
Uma ferida que não vai estancar
Apenas porque saudade é falta de alguém
Que a gente não gostaria de viver sem

Uma coisa é aceitar e viver
A outra é o coração
Consigo fazer planos, plantar e colher
Mas não consigo preencher este vão

Talvez porque não possa ser preenchido
Talvez porque, em verdade, não quero
Só sei que posso ter um dia florido
E ainda sentir um aperto sincero

Amor realmente dói....